O nome do meu blog, “Sintonia”, é mais do que uma simples escolha: é uma representação do que acredito ser essencial para o bem-estar de cada um de nós.

A sintonia evoca as vibrações universais, a música e a conexão com o nosso ambiente circundante. É como ajustar a sintonia de uma estação de rádio: somos nós que temos de encontrar a frequência certa, a procurar a harmonia com o nosso mundo. Não é algo que aconteça espontaneamente, mas requer um esforço ativo da nossa parte.

No entanto, observando o mundo à minha volta, noto uma surpreendente falta de consciência deste conceito. As pessoas queixam-se de não se sentirem bem, de se sentirem desconectadas, de desejarem a felicidade sem saberem como alcançá-la.

Muitos de nós concentram-se exclusivamente na ausência de algo, esquecendo-se de apreciar o que já têm. É como se tivessem perdido a capacidade de ver para além das suas queixas, presos num ciclo infinito de insatisfação.

Mas a sintonia é a chave para quebrar este ciclo. É um processo de consciência e de escolha consciente. Significa focar nas frequências positivas da vida, naquilo que nos faz sentir verdadeiramente bem, em vez das nossas carências.

Não estou a dizer que isto resolverá todos os nossos problemas ou que tornará a vida isenta de desafios. Mas sintonizar-nos connosco próprios e com o mundo que nos rodeia permite-nos enfrentar os desafios com uma perspetiva diferente. Permite-nos apreciar a beleza que nos rodeia, ver as oportunidades que de outra forma poderíamos ignorar.

A sintonia é um convite a viver conscientemente, a sermos gratos pelo que temos e a abrir os olhos para as possibilidades que nos rodeiam. É uma viagem rumo à harmonia interior e ao equilíbrio exterior, uma viagem que pode começar com uma simples decisão: sintonizarmo-nos na frequência da gratidão e do apreço.

Com demasiada frequência, observo uma atitude difundida: a presunção de que podemos resolver o nosso mal-estar analisando cada causa e motivo individualmente. “Não posso sentir-me bem por causa do trabalho que me está a destruir”, “Não posso sentir-me bem porque não estou a conseguir o que desejo, apesar de todos os meus esforços”. Estas pessoas estão tão habituadas a focar-se nos problemas que, até mesmo, conseguem inventar novos. Agarram-se a estas ideias, convencidas de que são as únicas responsáveis pela sua infelicidade, sem sequer considerarem a possibilidade de estarem a abordar a situação de forma errada. Assim, estes problemas tornam-se gigantes e aparentemente insolúveis, criando um ciclo vicioso de insatisfação e negação.

Na verdade, a solução é muito mais simples do que parece. Sintonizarmo-nos connosco próprios e com o mundo que nos rodeia é a chave. Tudo o que temos de fazer é deixar de lado os problemas e focar-nos nas coisas que apreciamos. Não é necessário uma lista infinita de motivos para nos sentirmos bem; por vezes, basta apenas um, desde que seja genuíno.

Quando me sinto extremamente cansada ou um pouco em baixo, tenho um pequeno ritual que sempre me anima: dedico cinco minutos de puro relaxamento com a minha fiel almofada. É como ter uma mini sessão de carinho personalizada!

Mergulho nela e começo a pensar em como é maravilhosamente confortável, na sua cor que imediatamente me anima, e na sua textura tão acolhedora. É como se me estivesse a abraçar e a dizer “Hey, está tudo bem!”.

Obviamente, não é apenas uma almofada que nos pode animar! Pode ser também uma pessoa especial, mas nesse caso, é importante garantir que seja verdadeiramente uma fonte de alegria e positividade na nossa vida. É como ter um pequeno círculo de felicidade à nossa volta!

No fundo, o importante é encontrarmos o que nos faz sentir verdadeiramente bem e desfrutarmos ao máximo. É um pouco como concedermos a nós próprios um momento de doçura no meio da azáfama diária!

Onde podemos encontrar exemplos do que estou a dizer? O que esperamos alcançar? Bem, aqui está um exemplo divertido retirado do filme “Forrest Gump” (1994) – o meu filme preferido. No filme, Forrest leva-nos numa viagem através da sua vida, repleta de aventuras e imprevistos. Apesar das suas limitações cognitivas, Forrest encara a vida com um coração aberto e uma mente positiva.

Há momentos em que a vida de Forrest parece estar repleta de desafios e dificuldades, mas ele encontra sempre uma forma de ver o lado positivo das coisas. A sua gratidão pelas pequenas alegrias da vida e a sua ligação consigo mesmo permitem-lhe enfrentar cada situação com otimismo e humor, ele, apesar de estar cheio de problemas, não os via. Apenas as pessoas à sua volta pareciam notar os seus problemas e ficavam perplexas quando ele conseguia fazer qualquer coisa, apesar das grandes limitações na vida.

É por isso que “Forrest Gump” é um exemplo perfeito de como a gratidão e a ligação consigo próprios podem trazer alegria mesmo nos momentos mais desafiadores. Por isso, sintonizem-se!

Miss Adore